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Victor Saquicela: Por que se deve percorrer a rota digital em direção à Universidade Inteligente?

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No contexto das universidades, a "rota digital", através da transformação dos serviços de TIC, visa transformar as universidades tradicionais em universidades digitais inteligentes, obtendo melhorias e satisfação para os diferentes tipos de usuários que as compõem nestes tempos digitais, de tal maneira que recursos significativos sejam oferecidos para formação e educação.

Em 2020, no contexto da pandemia, a grande questão que surgiu em meados de março no Equador foi: as universidades estão preparadas digitalmente para enfrentar a pandemia e continuar a fornecer serviços acadêmicos e administrativos à sua comunidade universitária? A resposta dependia basicamente da infraestrutura que as universidades possuem e da ação rápida de seus departamentos de tecnologia. Elas passaram a alocar mais recursos em suas plataformas virtuais; como houve uma transição do ensino presencial para o virtual, foram ativadas plataformas de videoconferência para manter as atividades e continuar com o desenvolvimento do conteúdo. Da mesma forma, ações técnicas  foram realizadas para que todos os sistemas de informação estivessem à disposição do pessoal administrativo para que, assim, eles pudessem acessar de suas casas para continuar executando as atividades diárias e mantendo ativos os diferentes serviços que permitem a continuidade dos processos institucionais.

Outra grande questão estava relacionada aos alunos: os estudantes estavam tecnologicamente preparados para a pandemia? Basicamente, a resposta depende se o aluno possui as ferramentas necessárias em termos de tecnologia, além de ótima conectividade com a Internet ou não. No caso das instituições públicas, esse provavelmente foi o maior inconveniente que ocorreu em meados de março, uma vez que a falta de infraestrutura no nível nacional era evidente; isso, devido à largura de banda limitada que os estudantes têm em suas residências, devido, entre outros fatores, ao alto custo dos planos de Internet oferecidos por provedores nacionais e que ainda estão longe dos países do primeiro mundo.

Além disso, a realidade equatoriana em termos de número de pessoas que vivem numa mesma casa e levando em consideração que muitos dos membros de uma mesma família usam a Internet para atividades diferentes em diferentes dispositivos, gerou uma diminuição da qualidade do serviço. Da mesma forma, existe o caso específico de estudantes do setor público que não possuem um computador pessoal, o que levou as autoridades da universidade a executar um plano que lhes permitia transferir equipamentos de informática como um empréstimo temporário, para que os estudantes pudessem continuar com o desenvolvimento de suas atividades de aprendizagem. Além disso, para resolver o problema da conectividade com a Internet, as autoridades organizaram com algumas operadoras de telefonia móvel a alocação de planos a preços acessíveis e, em alguns casos, doações a estudantes de baixa renda.

Nesse contexto, é evidente que as universidades equatorianas foram forçadas, repentinamente, a dar um salto em direção à transformação digital. Isso fez, também, com que os adequados processos metodológicos não fossem aplicados para obter altos níveis de maturidade no processo de mudança. Entre os grandes desafios que surgem, está o processo de transição, pelos usuários da comunidade universitária, para o aprendizado de uma cultura digital, baseada nos serviços de TIC que foram disponibilizados.

Esse processo de mudança e transição implica o aprendizado acelerado e o uso de novas tecnologias. Quanto aos departamentos de tecnologia, a utilização dos diferentes serviços está gerando grandes quantidades de dados, o que implica a execução de processos de análise de dados, gerando, por sua vez, a aplicação de fortes processos de pesquisa e inovação que permitem a tomada de decisões, principalmente relacionadas às Tecnologias de dados, gerenciamento de TIC e processos de governança digital, entre outros.

As universidades continuam trabalhando, na medida do possível, de maneira virtual e mista; fornecendo seus serviços administrativos na forma de teletrabalho e professores dando suas aulas por meio de plataformas digitais.

Vale a pena uma reflexão final no contexto equatoriano. Se queremos universidades digitais inteligentes, isso implica investimentos em diferentes áreas, como infraestrutura tecnológica, treinamento, entre outros. Por esta razão, políticas de redução de orçamento na área da educação não são o ideal, pelo contrário, o investimento neste setor é iminente.

Victor Hugo Saquicela Galarza é professor/pesquisador e diretor de tecnologias da informação e comunicação da Universidade de Cuenca, Equador.

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